Deputado do PSol quer proibir Tarcísio de comprar armas de Israel
Líder da bancada do PSol na Alesp, deputado Guilherme Cortez quer vedar o governo Tarcísio de adquirir armas e equipamentos de Israel
atualizado
Compartilhar notícia

O deputado estadual Guilherme Cortez (PSol-SP) protocolou um projeto de lei para proibir a compra de armas de Israel pelo governo do Estado de São Paulo, de Tarcísio de Freitas (Republicanos).
A proibição seria aplicada à Polícia Civil e órgãos de perícia criminal, à Polícia Militar, ao Corpo de Bombeiros e à Secretaria de Segurança Pública (SSP).
O projeto de lei do líder da bancada do PSol na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) foi proposto após o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PP), confirmar que o governo de São Paulo adquiriu armamentos de Israel.
Em resposta ao requerimento, Derrite afirmou que a PM comprou equipamentos da empresa Meprolight LTD e a Polícia Civil adquiriu armamentos da Israel Weapon Industries LTD, em pregões presenciais internacionais nos anos de 2022 e 2023.
Além disso, a Divisão de Inteligência Policial (Dipol) firmou contrato com a representante brasileira da Cellebrite, para fornecimento de softwares e “equipamentos voltados à análise forense digital em investigações policiais”.
Parlamentar citou mortes em Gaza
O parlamentar alega que a Cellebrite está envolvida em denúncias de espionagens ilegais em diversos países. Já o requerimento da SSP destaca que “a Cellebrite é uma empresa privada com sede no Estado de Israel, cuja tecnologia é amplamente utilizada por instituições públicas ao redor do mundo”.
Na justificativa do projeto de lei, o deputado da oposição cita mais de 50 mil mortes em Gaza, e um “cenário humanitário gravemente comprometido na Palestina”.
“As mesmas armas usadas para massacrar o povo palestino também estão sendo usadas aqui, em um cenário de aumento exponencial da violência policial”, disse Cortez. “Não podemos permitir que o dinheiro do povo paulista financie a máquina de guerra israelense,” acrescentou o deputado.