Técnicos de enfermagem entram em acordo com Iges-DF e encerram greve
As partes entraram em acordo para reajuste salarial após horas de reunião na sede do Iges-DF
atualizado
Compartilhar notícia

O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) e o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem (Sindate-DF) entraram em acordo para encerrar a greve iniciada nesta terça-feira (10/6).
Após reunião realizada por ambas as partes, na sede do Iges-DF, na Asa Norte, o instituto aceitou o aumento proposto pelo Sindate de 20% de reajuste parcelado, com base no piso salarial da categoria, e a categoria decidiu por voltar ao trabalho a partir das 19h.
Ficou acordado entre as partes que o aumento será de 10,83 % para setembro e outubro de 2025. Haverá um reajuste salarial de 5% em março de 2026 e de mais 5 % em junho de 2026. O auxílio saúde está para ser implementado em julho de 2025.
Cerca de 300 pessoas estiveram presentes na assembleia-geral da categoria, realizada na manhã desta terça, em frente à sede do Iges-DF.
Segundo o Sindate, a paralisação foi motivada pela proposta de reajuste de 4,83%, considerada inaceitável pela categoria, que reivindicava 16% de aumento, buscando equiparação a 70% do salário dos enfermeiros.
Também entraram na pauta o reajuste do ticket alimentação, a implementação do auxílio-saúde e a revisão do auxílio-transporte.
A greve afetou todas as unidades do Iges-DF — Hospital de Base, Hospital Regional de Santa Maria, Hospital de Sol Nascente e todas as UPAs —, mas os serviços de urgência e emergência foram mantidos, conforme a legislação.
Veja imagens dos hospitais e UPAs
Movimento nos hospitais e UPAs
O Metrópoles visitou o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) e as UPAs do Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo II e Sobradinho II nesta manhã para avaliar o impacto da paralisação.
No Hospital de Base, uma acompanhante de paciente que não quis ter o nome divulgado afirmou que, pela manhã, foi colocado um cartaz de greve que dizia que os pacientes receberiam apenas a medicação.
De acordo com ela, a última visita foi feita pelos profissionais ainda no turno da noite.
No Riacho Fundo II, alguns acompanhantes relataram que a fila de espera estava apresentando demora, e o atendimento estava deficiente. “Meu marido é diabético e tem pressão alta, precisava ser medicado, mas estamos há algumas horas esperando os medicamentos”, informou uma mulher que acompanhava o marido na UPA.
O atendimento da UPA do Núcleo Bandeirante seguia normal, já que está em reforma e segue atendendo apenas pacientes na ala de emergência.
Em Sobradinho II, os pacientes também não relataram transtornos pelo déficit de servidores. “Estávamos com medo, mas acabou que a medicação foi dada rapidamente”, explicou o assistente istrativo Gustavo de Souza, de 28 anos.